terça-feira, 2 de dezembro de 2008

7/12 - Passeata - Dia Internacional dos Direitos Animais 2008




george Sander nos manda, através do Coro Coletivo.Quem ama os animais e reconhece seus Direitos, por favor, divulgue.




"ENCAMINHO O CONVITE AO CORO E GOSTARIA DE CONVIDAR A TODOS QUE QUEIRAM...POSSAM...
OBRIGADO "A CAUSA É MAIS QUE NECESSÁRIA - SOMOS SUAS VOZES".
GEO."



Date: Tue, 2 Dec 2008 19:28:39 -0200
From: revolucaodacolher@gmail.com
Subject: 7/12 - Passeata - Dia Internacional dos Direitos Animais 2008 - DOMINGO às 10h30 - SP





DIDA 2008

Passeata em observação ao Dia Internacional dos Direitos Animais 2008

Tema: LUGAR DE ANIMAL NÃO É NO CIRCO
Data: 07 de dezembro
Local: São Paulo - Av. Paulista esq. Ministro Rocha Azevedo
Horário: pontualmente 10h30
Organização: Holocausto Animal e VEDDAS
Apoio: Surya - cosméticos sem crueldade

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A Casta da Dança





No quarto do Hotel Barra Sul, preparando para o coquetel-enquanto dançava sozinha e me fotografava...rss

A CASTA DA DANÇA


O movimento cósmico veio naturalmente a inspirar os primórdios da dança.Tão importante, que sacralizou-se no mundo antigo .Revestiu-se de significados e significantes, de acordo com a cultura, a Língua e a religião de um povo...
Os primitivos, num dado momento podem ter começado a experenciar alegria e mover-se, porque a adrenalina impele os seres ao movimento.Por conduta mímica, um imitava o outro.Em que instante observaram a dança das galhadas na árvores, das palmeiras impelidas pelo vento?E o farfalhar, que podiam imitar de forma repetitiva, dando origem a futuros mantras, a rítmos propícios à dança?Os litorâneos, impressionados com o vai-e-vem das águas, quase hipnotizados, podem ter iniciado um movimento corporal, qual o da “hula”.Indígenas, bateriam pés e mãos, observando os símios...E pulariam.Nas guerras, os sons, também impelidos pelo sentimento de ódios entre clãs rivais, ou pelo prazer da peleja em si,teriam provocado respostas de movimento sincronizado no corpo.
Completamente influenciados pelas necessidades somáticas e da natureza, então inventaram as danças sagradas, pois antes de mesmo de haver templos,por exemplo, os gregos e romanos cultuavam seus deuses nos bosques.Quando há seca, os indígenas americanos do norte ao sul do Continente, dançam para pedir chuva.Em muitas outras culturas, acontece o mesmo : uma dança ritual . Há pouco tempo, assisti a uma palestra do indígena brasileiro, Ailton Krenak, pessoa muito culta ,de formação superior, na qual ele contava a história do seu povo e de sua migração pelas Terras.Num determinado momento, convidou-nos a uma dança circular e nos ensinou seu canto repetitivo.Nosso passos eram laterais, de lado, para que o círculo passasse essa idéia de continuidade .E dançamos para homenagear “o avô rio”, e seu movimento perene e contínuo, de “caminho-que –anda’.
Sou psicóloga e em alguns dos cursos que fiz, dançamos algumas danças circulares sagradas.E impressionante o quanto somos tocados, o quanto nos comove dançar da forma que nossos ancestrais o faziam.Todo o nosso soma responde à estimulação externa e interna.A música instiga a um rítmo irresistível...Nas danças circulares sagradas, busca-se imitar o ciclo vital (nascimento, crescimento e morte, uma passagem para outra dimensão e forma de viver), no contínuo movimento que fecha o círculo, onde o princípio e o fim se fundem na serpente que segura a própria cauda...
Quando pessoas sentem a vocação para a dança, unirão, por certo, essa presença atávica e espiritual a novos comandos coreográficos, mas sempre estarão obedecendo a um comando interno ,que os predispõe a dançar.
As monjas tibetanas fazem uma antiga dança chamada “Dança da Mandala das 21 Preces ou Louvações a Tara” Esta, a Grande Mãe, uma deusa muito amada.Elas, literamente, são mandala..
É interessante lembrar que Jung, de forma brilhante, expõe os processos de individuação, na busca e na formação de personalidade de alguém .Por isso, quando percebemos o quanto um corpo de dança deve transcender essa necessidade do eu, em prol de um desejo comum, uma harmonia esperada, desejada e arduamente treinada, nos maravilhamos.A disciplina é fundamental e mesmo numa apresentação solo, o dançarino sempre estará expondo o resultado ,decodificado em beleza,uma série de obediências a comandos vários: a intenção do professor, do roteiro, o ritmo, o maestro, os instrumentos, o espaço físico, o estilo, o gênero a que se põe dançar.No entanto, ainda assim ,embora sendio parte de um corpo múltiplo, é ela , a pessoa que dança ainda um indivíduo.O artista.
Numa poesia que ofereci à Companhia de Dança Contemporânea de Évora, digo que DANÇAR É ESCREVER COM O CORPO. E não me referia a escrever palavras, mas códigos a serem decodificados pelo espectador.Este,dança com os olhos, com os nervos.Meses depois da poesia pronta, li que alguém dissera que dançar “é pensar com o corpo”.Fascinou-me esse insight:significa obedecer ao comando mental com passos e movimentos de braços, cabeça, tronco, bacia...E de tal forma que, enquanto dança, o dançarino não poderá se permitir pensar em outras coisas , pois o corpo tem de seguir as normas , tanto as de obediência quanto as de soltura...
Muitos se perguntam como se sabe que os povos antigos dançavam.No caso da Índia, por exemplo, sua cultura continua viva e muitos de seus textos e hábitos, nos mostram claramente o costume de dançar. Já os egípcios, sinalizam com mistérios, mas também deixaram gravadas cenas de dança muito similares às indianas. Muitos gestos, contorcionismo , atavios, gestos das mãos e dos pés.O profano e o sagrado tem sutis linhas de limitações e limites.O Deus Shiva, por exemplo, teria criado o mundo através de movimentos de dança.Talvez donde todo Cosmos seja movimento.
Dançarinas orientais, podem dançar com os olhos.Muitas das curas da antiga medicina japonesa, se baseiam nas ondulações do peixe dourado.O Tai Shi Shuan ,na busca do equilíbrio psicossomático, pede gestos suavíssimos, imitando os animais, por exemplo.
A mitologia, as lendas, a wicca, a história, estão plenas de citações sobre a dança, sempre utilizada como meio de alguma coisas.A dança de Salomé, para conseguir a cabeça do apóstolo João Batista, Os sapatinhos vermelhos, a dança da meia noite de Cinderela .Lembro que quando João Paulo II fazia suas visitas a vários países do mundo, era saudado , em geral por danças-e mesmo que as bailarinas usassem roupas sumárias, era a impressão do sagrado que se fazia sentir. Para mim, dançarinos representam o divino, a divindade, traduzem e expressam o que os demais mortais não conseguiriam compreender.Há lições de leveza, de sicronicidade, de oroboro, de confiança no outro,de aquilíbio e harmonia,de paciência, de recomeço, graças aos infindáveis treinos.Nenhum dançarino se considera bom o suficiente para se apresentar sem ter passado horas ensaiando, cada precisão de gestos, posturas, equilíbrio.
O que cada um dos dançarinos de um corpo de dança apresenta, é uma oferenda contínua e permanente:oferece a Poesia em encantamento, a Beleza em versos concretos. E haja coração para conter aplausos antes da hora.A dança faz de vocês, que dançam , os mensageiros dos deuses, uma casta inefável e ao mesmo tempo, consistente e concreta, de águas fluidas, ventos, pólen,pétalas aladas , flocos de algodão, nuvens grávidas de chuvas.e nos molhamos, fertilizados de plenitude, êxtase e gratidão.
Benditos sejam!

Clevane pessoa de Araújo Lopes
Belo Horizonte, MG,Brasil
20/12/2006

Com os melhores votos das maiores belezas e realizações no Novo Ano que se inicia.Feliz Natal, amigos!
âTexto escrito a convite da Companhia de Dança contemporânea de Évora-Poertugal -Caderno 2,
depois, em 2008, publicado na revista do movimento Cultural aBrace.

Foto:
Em Balneário de camboriú, distribuí exemplares da revista do aBrace.


__________________________________________________

centauress


Oh meu Deus do céu, que homenagem mais tocante, enternecedora e imerecida! Só você mesma, Clevane, com sua infinita bondade, repleta de flores carinhosas. Que Deus lhe recompense pelo que faz por seus seus semelhantes, eAVBL-Segunda antologiantre os quais tenho a honra de figurar. Mil abraços de agradecimentos! Lázaro.


29/05/2007 22h14
Lázaro Barreto:As Mulheres, Seus Versos.
Imagem:"Centauresse"


Sinto-me honradíssima de estar nessa lista seleta de Lázaro Barreto.Vide abaixo.Aperte os olhos ao facho de luzes em arco-íris.Afaste abrolhos com as mãos poéticas e ajardine terrenos baldios com mãos balerinas.Mulheres - meninas, exultai:o poeta fala de vós!
Clevane


Frugal Fruição.


Para Lázaro Barreto, clevanices.

Nos Anos Sessenta,
quando eu militava
na Imprensa de Juiz de Fora,
troquei cartas com este senhor
de olhar alado, moço então,
que cultivou uma "Árvore no Telhado"(*).
Não eram cartas de amor,
eram cartas de Verbo escravizado:
a serviço sa poesia.

Agora, no seu formoso por-de -sol,
aguardardente a aurora de/florada,
impressionado com a sensualidade
e o erotismo declarado
das mulheres agora.

Homem de ágora,
de saborear a amora
do verbo,
o morango do versos.
o rango em prato de prata.

E dedilha liras super-éróticas,
super-herói de paredes escaladas
e selvas ignoradas.

Lázaro Barreto,barro de fundo,
rio que em cima passa,
compassado no verso
inversos, diversos, ao reverso
do cotidiano banal.

Ora zal Oterrab:
perfeito estrangeiro
em terras comuns,
é nativo em terras imaginárias
e povoou mil ventres de virgens
e mulheres experientes,
com o sêmen do sonho
e o gérmen dos sons.
Soprou rimas em recônditos,
fez chover em cavernas,
aplainou outeiros,
fez florescer canteriros,
cavalgou escravas e sinha/zinhas .
Tocou a flauta de pã.

Tudo isso
em Poesia e Prosa conjugadas:
onde uma se inicia,
a outra não finda.

Unicórnio de galáxias,
peixe de mares bissais.

Faz um rol de mulheres
que então não serão as mesmas,
jamais.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Belo Horizonte, Minas Gerais, depois de ler a lista con/sagrada e ver meu nome nessa companhia,eu campânula de vidro.Em 29/05/2007.Num vaso , flores-de-seda ou de maio, derramam-se d'um vaso simples, femininas.

(*) Nome de livro de Lázaro Barreto, poeta de Divinópolis,onde também frutifica Adélia Prado.








AS MULHERES, SEUS VERSOS

Lázaro Barreto - MG


A vontade cria o impossível

e depois chora aos pés dele.

enquanto vemos onde está a perfeição

vemos

a inexistência dos caminhos para alcançá-la.

A harmonia noturna (até parece uma lição de Jung)

refere-se à interação dos opostos na pugna diurna.

Até mesmo a burrice tem o seu encanto, e a ruindade

o seu mistério.

A sujeira vermelha dos lábios tão puros

Os seios de mel do pensamento:

a mulher!,

o florilégio dos eventos multidimensionais:



Ana Cristina César, entre os complementos

o gato era um dia imaginado nas palavras.



Dora Tavares, uma tenda

para instalar suas maneiras.



Heloisa Maranhão, as moradias séptimas

esta velha é um pássaro.



Henriqueta Lisboa, ave poesia

duas gotas de orvalho num bemol.



Lacyr Schettino, oh flor obsessiva

foi sem antes, e deslembrada.



Laís Corrêa de Araújo, luz de uma água

sabes da vida a mansa cor?



Lara de Lemos, adaga lavrada

retomo-te em meus dentes e prossigo.



Leonor Vieira-Motta, tudo de bom!

melhor ainda fazer das pessoas poemas.



Lélia Coelho Frota, alados idílios

entre as duas transidas luas.



Maria Esther Maciel, a sina de mulher

e te senti no além de meu desejo.



Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti

os azuis se abraçam nos horizontes.



Maria Tereza Horta, as nossas madrugadas

e possuíres de mim o que não sabes.



Renata Pallotini, de cavaquinho a guitarra

envelhecias, forma empedernida.



Olga Savary, a noite dessa tarde

solidão, então me invento.



Regina Célia Colônia, sonha que o sol

de fora é o de dentro.



Terezinha Alves Pereira, persiana de flores

meu senhor de olhar de espumas.



Hilda Hilst, pensei subidas onde

não havia rastros.



Yeda Prates Bernis,

na carta guardada sempre murmura o silêncio.



Stela Leonardos

e nas veias vivos veios.



Clevane Pessoa, miríades de bolhas mínimas,

pomares de frutos ignotos.



Adriana Versiani, um dia

a alma distorcida dos espelhos.



Luciana Tonelli,

especializar em ver olhares.



Leila Miccolis, o amor que dura pouco, por toda vida

Sou da floresta o mistério a clareira.



Astrid Cabral, no preamar do meu sonho

Quando eu dizia amor um oceano desatava.



Adélia Prado,

as fainas da viuvez trabalham uma horta nova.



Ana Caetano,

a textura do deserto da palavra eu.



Célia Lamounier de Araújo,

as Sirgas e Organsins e o

resvalar seu medo na cisterna dos sonhos.



Maza de Palermo,

na pousada dos tropeiros

o tempo comeu as virgens e os joelhos das beatas.



Araci Barreto,

a liberdade além das estrelas,

bem longe, além dos horizontes.



Marly de Oliveira,

falar de amor não é apenas

atravessar algum deserto.



Helena Ortiz,

vem das abelhas às vezes

essas vozes vespas?



Delasnieve Daspet:

de que há tempo de caminhar perto

de que há tempo de caminhar longe.



.............................. lvrbarreto@gmail.com .....................................







AS MULHERES, SEUS VERSOS

Lázaro Barreto - MG


A vontade cria o impossível

e depois chora aos pés dele.

enquanto vemos onde está a perfeição

vemos

a inexistência dos caminhos para alcançá-la.

A harmonia noturna

(até parece uma lição de Jung)

refere-se à interação dos opostos na pugna diurna.

Até mesmo a burrice tem o seu encanto, e a ruindade o seu mistério.

A sujeira vermelha dos lábios tão puros

Os seios de mel do pensamento:

a mulher!,

o florilégio dos eventos multidimensionais:


Publicado por clevane pessoa de araújo lopes em 29/05/2007 às 22h14

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