segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

centauress


Oh meu Deus do céu, que homenagem mais tocante, enternecedora e imerecida! Só você mesma, Clevane, com sua infinita bondade, repleta de flores carinhosas. Que Deus lhe recompense pelo que faz por seus seus semelhantes, eAVBL-Segunda antologiantre os quais tenho a honra de figurar. Mil abraços de agradecimentos! Lázaro.


29/05/2007 22h14
Lázaro Barreto:As Mulheres, Seus Versos.
Imagem:"Centauresse"


Sinto-me honradíssima de estar nessa lista seleta de Lázaro Barreto.Vide abaixo.Aperte os olhos ao facho de luzes em arco-íris.Afaste abrolhos com as mãos poéticas e ajardine terrenos baldios com mãos balerinas.Mulheres - meninas, exultai:o poeta fala de vós!
Clevane


Frugal Fruição.


Para Lázaro Barreto, clevanices.

Nos Anos Sessenta,
quando eu militava
na Imprensa de Juiz de Fora,
troquei cartas com este senhor
de olhar alado, moço então,
que cultivou uma "Árvore no Telhado"(*).
Não eram cartas de amor,
eram cartas de Verbo escravizado:
a serviço sa poesia.

Agora, no seu formoso por-de -sol,
aguardardente a aurora de/florada,
impressionado com a sensualidade
e o erotismo declarado
das mulheres agora.

Homem de ágora,
de saborear a amora
do verbo,
o morango do versos.
o rango em prato de prata.

E dedilha liras super-éróticas,
super-herói de paredes escaladas
e selvas ignoradas.

Lázaro Barreto,barro de fundo,
rio que em cima passa,
compassado no verso
inversos, diversos, ao reverso
do cotidiano banal.

Ora zal Oterrab:
perfeito estrangeiro
em terras comuns,
é nativo em terras imaginárias
e povoou mil ventres de virgens
e mulheres experientes,
com o sêmen do sonho
e o gérmen dos sons.
Soprou rimas em recônditos,
fez chover em cavernas,
aplainou outeiros,
fez florescer canteriros,
cavalgou escravas e sinha/zinhas .
Tocou a flauta de pã.

Tudo isso
em Poesia e Prosa conjugadas:
onde uma se inicia,
a outra não finda.

Unicórnio de galáxias,
peixe de mares bissais.

Faz um rol de mulheres
que então não serão as mesmas,
jamais.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Belo Horizonte, Minas Gerais, depois de ler a lista con/sagrada e ver meu nome nessa companhia,eu campânula de vidro.Em 29/05/2007.Num vaso , flores-de-seda ou de maio, derramam-se d'um vaso simples, femininas.

(*) Nome de livro de Lázaro Barreto, poeta de Divinópolis,onde também frutifica Adélia Prado.








AS MULHERES, SEUS VERSOS

Lázaro Barreto - MG


A vontade cria o impossível

e depois chora aos pés dele.

enquanto vemos onde está a perfeição

vemos

a inexistência dos caminhos para alcançá-la.

A harmonia noturna (até parece uma lição de Jung)

refere-se à interação dos opostos na pugna diurna.

Até mesmo a burrice tem o seu encanto, e a ruindade

o seu mistério.

A sujeira vermelha dos lábios tão puros

Os seios de mel do pensamento:

a mulher!,

o florilégio dos eventos multidimensionais:



Ana Cristina César, entre os complementos

o gato era um dia imaginado nas palavras.



Dora Tavares, uma tenda

para instalar suas maneiras.



Heloisa Maranhão, as moradias séptimas

esta velha é um pássaro.



Henriqueta Lisboa, ave poesia

duas gotas de orvalho num bemol.



Lacyr Schettino, oh flor obsessiva

foi sem antes, e deslembrada.



Laís Corrêa de Araújo, luz de uma água

sabes da vida a mansa cor?



Lara de Lemos, adaga lavrada

retomo-te em meus dentes e prossigo.



Leonor Vieira-Motta, tudo de bom!

melhor ainda fazer das pessoas poemas.



Lélia Coelho Frota, alados idílios

entre as duas transidas luas.



Maria Esther Maciel, a sina de mulher

e te senti no além de meu desejo.



Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti

os azuis se abraçam nos horizontes.



Maria Tereza Horta, as nossas madrugadas

e possuíres de mim o que não sabes.



Renata Pallotini, de cavaquinho a guitarra

envelhecias, forma empedernida.



Olga Savary, a noite dessa tarde

solidão, então me invento.



Regina Célia Colônia, sonha que o sol

de fora é o de dentro.



Terezinha Alves Pereira, persiana de flores

meu senhor de olhar de espumas.



Hilda Hilst, pensei subidas onde

não havia rastros.



Yeda Prates Bernis,

na carta guardada sempre murmura o silêncio.



Stela Leonardos

e nas veias vivos veios.



Clevane Pessoa, miríades de bolhas mínimas,

pomares de frutos ignotos.



Adriana Versiani, um dia

a alma distorcida dos espelhos.



Luciana Tonelli,

especializar em ver olhares.



Leila Miccolis, o amor que dura pouco, por toda vida

Sou da floresta o mistério a clareira.



Astrid Cabral, no preamar do meu sonho

Quando eu dizia amor um oceano desatava.



Adélia Prado,

as fainas da viuvez trabalham uma horta nova.



Ana Caetano,

a textura do deserto da palavra eu.



Célia Lamounier de Araújo,

as Sirgas e Organsins e o

resvalar seu medo na cisterna dos sonhos.



Maza de Palermo,

na pousada dos tropeiros

o tempo comeu as virgens e os joelhos das beatas.



Araci Barreto,

a liberdade além das estrelas,

bem longe, além dos horizontes.



Marly de Oliveira,

falar de amor não é apenas

atravessar algum deserto.



Helena Ortiz,

vem das abelhas às vezes

essas vozes vespas?



Delasnieve Daspet:

de que há tempo de caminhar perto

de que há tempo de caminhar longe.



.............................. lvrbarreto@gmail.com .....................................







AS MULHERES, SEUS VERSOS

Lázaro Barreto - MG


A vontade cria o impossível

e depois chora aos pés dele.

enquanto vemos onde está a perfeição

vemos

a inexistência dos caminhos para alcançá-la.

A harmonia noturna

(até parece uma lição de Jung)

refere-se à interação dos opostos na pugna diurna.

Até mesmo a burrice tem o seu encanto, e a ruindade o seu mistério.

A sujeira vermelha dos lábios tão puros

Os seios de mel do pensamento:

a mulher!,

o florilégio dos eventos multidimensionais:


Publicado por clevane pessoa de araújo lopes em 29/05/2007 às 22h14

http://www.clevanepessoa.net/blog.php

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